segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O poeta da Semana - Sylvia Plath (1932-1962)



A poesia foi desde sempre um campo feminino, embora, tal como nas restantes áreas literárias, sejam relativamente poucos os nomes de poetisas que permaneceram na memória dos tempos. Sylvia Plath, apesar da sua morte prematura deixou uma marca indelével no espectro poético americano da década de 50/60.

Nascida em Boston, em Outubro de 1932, desde cedo demonstrou sensibilidade e a inteligência. O seu sucesso escolar era impressionante e devia-se sobretudo à busca da perfeição em tudo o que fazia. Depois de publicar o seu primeiro poema com a idade de 8 anos, nunca mais deixou de acrescentar a sua obra, tendo escrito mais de quatrocentos poemas durante a sua estadia na universidade
No entanto, a perfeição superficial de Sylvia escondia problemas pessoais graves, em grande parte relacionados com a morte do seu pai. Estes problemas originaram uma tentativa de suicídio aos dezoito anos (experiência que descreve na novela autobiográfica “The Bell Jar”. Depois de um período de recuperação numa instituição psiquiátrica, Sylvia retoma o seu sucesso e termina os estudos, obtendo mesmo uma bolsa para estudar em Cambridge, na Inglaterra.
Em 1956 casa com o poeta ingles Ted Hughes, e, em 1960 publica o seu primeiro livro. Os poemas deste livro revelam uma precisão milimétrica e a dedicação que a poetisa dedicou à sua aprendizagem. No entanto, dão apenas uma ténue imagem da poesia que viria a escrever durante os anos seguintes.
Após a ruptura do seu casamento e com dois filhos, Sylvia instala-se em Londres. A dureza da vida que leva aumentam a necessidade de escrever, chegando a produzir um poema por dia durante este período. O suicídio, palpável nas suas últimas obras acontece no dia 11 de Fevereiro de 1963. Dois anos mais tarde, Ted Hughes edita os seus últimos poemas nas colectâneas: Ariel, Atravessando a água e Árvores de Inverno.

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