terça-feira, 29 de setembro de 2009

Poeta da Semana - W. H. Auden

Em memoria de W.H. Auden que faleceu no dia 29 de Setembro de 1973. Correndo o risco de soar tetrica...so podemos desejar alguem, que no nosso funeral possa ter este sentimento.

domingo, 27 de setembro de 2009

T.S. Eliot - Preludes

T.S. Eliot enfrentou uma crise religiosa e espiritual durante a sua juventude. Alguns dos seu poemas, anteriores `a devocao ao crstianismo lidam com pessoas espiritualmente exaustas que existem na cidade moderna e impessoal. A poesia "Preludios" captura as vidas espirituais empobrecidades daqueles que vivem numa cultura decadente, solitaria e sordida. Aqui vos deixo a leitura do proprio T.S. Eliot.


sábado, 26 de setembro de 2009

Poeta da Semana - T.S. Eliot




Se falarmos de Thomas Stern Eliot, talvez poucos associem ao brilhante poeta americano T. S. Eliot. Foi laureado com o premio Nobel da Literatura em 1948 "pela contribuicao extraordinaria e pioneira para a poesia do presente". A sua primeira publicacao notavel, e ainda hoje o seu poema mais conhecido e' "The love song of J. Alfred Prufrock" Esta e' uma obra que retrata a vida interior de um homem de 50 anos, revelando a maturidade e profundidade de um T.S. Eliot ainda muito jovem. Esta poesia e' considerada como uma obra prima do modernismo. Seguidamente, T.S. publicou alguns dos poemas mais conhecidos da lingua inglesa: Gerontion, The Waste Land, The Hollow Men, Ash Wednesday, Olda Possum's Book of Practical Cats and Four Quartets. Apesar de ter uma producao reduzida a sua poesia produziu um impacto que perdura ate' aos dias de hoje.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bocage - Auto-retrato

Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno.

Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura,
Bebendo em níveas mãos por taça escura
De zelos infernais letal veneno.

Devoto incensador de mil deidades,
(Digo de moças mil) num só momento
Inimigo de hipócritas, e frades.

Eis Bocage, em quem luz algum talento.
Saíram dele mesmo estas verdades
Num dia, em que se achou cagando ao vento.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Poeta da Semana - Manuel Maria Bocage

Nascido no dia 15 de Setembro de 1765, há 244 anos, foi possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano, movimento literário cuja principal característica é a exaltação da Natureza e de tudo que lhe diz respeito. Integrou a Nova Arcádia em 1790, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia, Pina Manique, que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no calabouço da Inquisição, no Rossio, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor.A partir de 1801 e até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente.

É-lhe atribuída a frase: "quem tem c ú tem medo, e eu também posso errar" a propósito das poesias-canções que dedicou ao vice-rei do Rio de Janeiro com a intenção de cair nas suas boas graças e ali permanecer. Tendo vindo a descobrir a aversão a elogios do vice-rei, prosseguiu a sua viagem para a Índia, não sem antes exprimir a frase acima citada.