terça-feira, 15 de setembro de 2009

Poeta da Semana - Manuel Maria Bocage

Nascido no dia 15 de Setembro de 1765, há 244 anos, foi possivelmente o maior representante do arcadismo lusitano, movimento literário cuja principal característica é a exaltação da Natureza e de tudo que lhe diz respeito. Integrou a Nova Arcádia em 1790, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia, Pina Manique, que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser “desordenado nos costumes”. Ficou preso no calabouço da Inquisição, no Rossio, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor.A partir de 1801 e até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente.

É-lhe atribuída a frase: "quem tem c ú tem medo, e eu também posso errar" a propósito das poesias-canções que dedicou ao vice-rei do Rio de Janeiro com a intenção de cair nas suas boas graças e ali permanecer. Tendo vindo a descobrir a aversão a elogios do vice-rei, prosseguiu a sua viagem para a Índia, não sem antes exprimir a frase acima citada.

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