segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Sapo - Paul Muldoon

Vem à mente como uma outra pequena
convulsão
entre os escombros.
O seu olho corresponde exatamente à bolha
ao nível do meu espírito.
Eu larguei martelo e formão
e vou levá-lo na espátula.

Toda a população da Irlanda
brota de um par deixado de repouso
durante a noite numa lagoa
nos jardins do Trinity College,
duas garrafas de vinho ali deixadas para refrigerar
após o Acto de União.

Há, certamente, nessa história
uma moral. A moral de nossos tempos.
E se eu o colocar na minha cabeça
e o apertar para fora dele,
como o suco de limão espremido na hora,
ou um sorvete de limão?

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